
A Maersk, uma das maiores companhias de transporte marítimo do mundo, afirmou que está pronta para regressar à rota do Mar Vermelho e ao Canal de Suez logo que as condições de segurança o tornem viável. A empresa havia desviado os seus navios daquela via estratégica no início de 2024, na sequência de diversos ataques perpetrados por militantes houthis contra embarcações comerciais, incluindo navios da própria Maersk.
O director-executivo, Vincent Clerc, sublinhou que a protecção das tripulações continua a ser a principal prioridade da empresa, motivo pelo qual a rota permanece condicionada. Ainda assim, reconheceu que os recentes desenvolvimentos no acordo de paz em Gaza constituem um sinal encorajador, podendo conduzir à normalização da navegação no estreito de Bab al-Mandab, o ponto crítico que liga o Golfo de Áden ao Mar Vermelho.
A eventual reabertura plena daquela rota representa um passo significativo para o comércio internacional. A passagem pelo Canal de Suez encurta substancialmente a distância entre a Ásia e a Europa, reduzindo custos, tempo de transporte e perturbações nas cadeias de abastecimento. Desde o desvio forçado, os navios têm sido obrigados a contornar o Cabo da Boa Esperança, aumentando a duração das viagens e influenciando os preços globais de transporte marítimo.
O regresso da Maersk à rota tradicional poderá, assim, assinalar uma estabilização progressiva na região e recuperar a eficiência logística perdida no último ano, desde que se mantenha uma melhoria sustentável das condições de segurança.