
A queda nas taxas de frete marítimo voltou a penalizar fortemente a Hapag-Lloyd, cujo lucro líquido acumulado até ao final do terceiro trimestre recuou 49,8%, fixando-se em 846 milhões de euros, contra 1,687 mil milhões no período homólogo de 2014. Embora a empresa esteja a movimentar mais carga, ( um aumento de 9% ), este crescimento não se reflecte no seu desempenho financeiro, já que as tarifas médias de frete se encontram cerca de 5% abaixo dos níveis registados aquando da crise no Mar Vermelho.
A receita acumulada nos primeiros nove meses ascendeu a 14,35 mil milhões de euros, apenas 2% acima do ano anterior, evidenciando uma desaceleração do ritmo de crescimento. Esta evolução acompanha a da Maersk, parceira da Hapag-Lloyd na Cooperação Gemini, com a qual partilha custos de implementação das novas rotas desde o início do ano.
O abrandamento reflecte-se igualmente noutros indicadores: O EBITDA caiu para 2,495 mil milhões de euros, 32% abaixo da projecção de 2024, e o EBIT desceu para 809 milhões, representando uma reversão de até 120%. O CEO, Rolf Habben Jansen, voltou a apontar a volatilidade do mercado e a incerteza geopolítica nas políticas comerciais como factores determinantes. Ainda assim, mantém expectativas de que a Cooperação Gemini, cuja implementação total arrancou no último trimestre, permita alcançar as economias previstas ao longo de 2026.