
Segundo especialistas do sector marítimo, embora tenha sido anunciada uma suspensão dos ataques na rota do Mar Vermelho, a normalização ainda está longe de ocorrer. Os armadores reiteram que a segurança nesta via ainda é incerta e que continuam a preferir vias alternativas, como o desvio pelo Cabo da Boa Esperança.
A rota pelo canal do Canal de Suez segue sujeita a mudanças rápidas do cenário de segurança. Apesar de haver um anúncio formal de interrupção dos ataques pelos grupos que operam na região, permanecem riscos latentes: vigilância limitada, possibilidade de reacções e um ambiente operativo ainda marcado pela instabilidade.
Para as empresas e para os portos, esta “pausa” não significa retorno total à normalidade. A escolha por rotas mais longas implica custos acrescidos em combustível, tempo de viagem e prémios de seguro. Além disso, o recurso continuado a vias alternativas compromete o tráfego e a competitividade das rotas tradicionais.
No plano dos portos europeus e da logística nacional, a situação exige prudência: Rmbora o tráfego possa vir a retomar pela rota do Mar Vermelho, é necessário preparar-se para que a transição seja gradual e que subsistam contingências de risco. Os operadores, armadores e trabalhadores deverão manter vigilância sobre os impactos de segurança, custos e tempo de trânsito.
A pausa dos ataques oferece uma frágil abertura, mas não garante estabilidade. No sector marítimo, o recomeço da normalidade depende tanto da evolução do risco como da reacção dos agentes envolvidos. Até essa altura, a aposta permanece no pragmatismo e na cautela.