
O sistema portuário comercial do continente movimentou 19,9 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2025, o que representa uma quebra de 4,5% face ao período homólogo.
Apesar disso, março registou um crescimento de 2,6%, com 6,8 milhões de toneladas, prolongando a tendência de recuperação já sentida em fevereiro. Os portos com desempenho positivo no trimestre foram Viana do Castelo (+19,3%), Aveiro (+2,5%), Lisboa (+4,3%) e Leixões (+0,5%). Os restantes mantiveram quedas, com destaque para Sines (-8%), Figueira da Foz (-13,3%) e Faro, sem movimentação. Sines continua a liderar com 53% da quota de mercado.
A movimentação de contentores totalizou 710 mil TEU, uma queda de 6,2% em relação ao primeiro trimestre de 2024, atenuada face à quebra de 6,9% no bimestre. Lisboa (+6,4%), Leixões (+2,9%) e Setúbal (+1,4%) apresentaram crescimentos, enquanto Sines caiu 11,4% e a Figueira da Foz 50,3%. Aveiro manteve-se sem actividade. As tipologias mais relevantes — carga contentorizada (40,8%), produtos petrolíferos (14,3%) e petróleo bruto (13,3%) — representaram mais de dois terços da carga total. Verificaram-se quedas na carga contentorizada (-8,3%) e nos produtos petrolíferos (-12%), mas o petróleo bruto cresceu 11,1%.
Os embarques representaram 40,6% do total, com 8,1 milhões de toneladas (-6,9%), enquanto os desembarques foram 11,8 milhões (-2,8%). O movimento de navios cresceu 7,5% em março, somando 2.195 escalas no trimestre (-0,5% face a 2024), com aumentos em Leixões, Lisboa, Setúbal, Viana do Castelo e Portimão.
Na comparação com Espanha, os portos portugueses mantiveram um desempenho inferior: queda de 4,5% contra apenas 0,7% em Espanha. Em contentores, Portugal caiu 6,2% e Espanha cresceu 0,5%. No tráfego de hinterland, ambos cresceram pouco acima de 5%, mas no transhipment Portugal recuou 18,3%, contra 4,2% em Espanha.